A
Alimentação e a sua Saúde
Nasci numa família de origem
portuguesa, aonde todos gostam muito de comer. Não posso afirmar que por
princípio, eles relacionam a comida à saúde. Desde pequena eu apresentei
processos alérgicos: bronquite, problemas intestinais, rinite e sinusite. Somente
com a consciência da alimentação equilibrada, através da macrobiótica, prática
de yoga, shiatsu e acupuntura que entraram na minha vida por volta dos meus 18
anos fui salva à tempo. Hoje não tenho mais estes problemas de alergia e cada
ano que passa me sinto mais saudável.
Procurei
passar este conhecimento para meus alunos e clientes além de aplicá-lo na minha
família. A macrobiótica foi o começo. A frase famosa de Oshawa "Você é o
que você come." com certeza vinda da filosofia oriental, é perfeita. O que
ele enfatizava era não comer carne vermelha pois ela contém uma substância "cadaverina"
gerada quando em decomposição, dentro do nosso organismo que atrapalha o funcionamento dos intestinos pois
é de difícil digestão; o equilíbrio do
yin e yang dentro do corpo, conceito do princípio chinês do Taoísmo, o
princípio único, com base na filosofia dos sábios Confúncio e Lao Tsé. No caso
da alimentação está ligado ao equilíbrio do sódio e do potássio contido nos
alimentos, tendo o arroz integral como um dos alimentos mais equilibrados do
planeta terra.
A alimentação energética chinesa, foi uma
alimentação que pesquisei durante alguns anos, cerca de 18 anos, durante os
quais me aprofundei nos estudos da Medicina Tradicional Chinesa, que nos trás a
acupuntura, a dietética, a Fitoterapia, o Chikun, o Taichi, ambos exercícios
energizantes que nos equilibram, o Tuiná, massoterapia chinesa através da
pressão de pontos, de onde o shiatsu, massoterapia japonesa, deriva.
Tive contato com o vegetarianismo, quando me
aprofundei nos estudos do yoga, de origem Hindu, me formando em professora.
Atualmente adotei o princípio da Dietética Ayurvédica,
baseada nos cinco elementos panchamahabhutas, e nos biotipos gerados pelo
equilíbrio desses elementos no nosso ser. O Ayurveda, a Medicina Tradicional
Indiana, reconhecida pela OMS, Organização Mundial da Saúde, como um Sistema da
medicina, praticada no Brasil por médicos e terapeutas já reconhecida pelo SUS,
a qual considera que cada individuo deve ter um tipo de alimentação de acordo
com seu dosha (biotipo), por tanto ela é individualizada, que varia de acordo
com o momento também que ele está vivendo, doenças que possua, desequilíbrios
emocionais etc. Considerando a Rutnacharya, a variação das estações e os
hábitos que devemos ter de acordo com estas estações.
Estamos em pleno verão, estação considerada
pelo ayurveda Pitta, que é um dosha ligado ao calor e as águas. Quente e
úmida. Portanto devemos procurar, usar
poucas roupas, claras, para refletir o calor, de preferência de algodão, que
absorve o calor e o suor e são leves e naturais. Devemos beber bastante
líquidos, comer frutas da estação, até as cinco horas da tarde pois teremos uma
melhor digestão das mesmas, principalmente se você for do dosha vata; muito
legumes e verduras. Evitar frituras, muita gordura, alimentos conservados,
embutidos, salgados, pois irão reter líquidos no organismo. Procurar caminhar
bem cedo ou no fim da tarde. Não se deve dormir depois das refeições pois aumenta
o dosha kapha, ou seja engorda, pois não ajuda à digestão, tão pouco se deve
ficar em frente à televisão.
Se você não consegue ser vegetariano,
pelo menos evite as carnes vermelhas pois no verão aumentam muito mais o pitta.
O dosha pitta agravado no verão, pode levar a problemas do coração, problemas
celebrais, hipertensões, gastrites, diarreias, insolação e congestão. Vá á praia pela manhã, ou no fim da tarde,
pratique yoga, medite. Curta suas férias na paz e seja feliz! Namastê!
Sheila Quintaneiro
Professora de Yoga, Terapeuta Ayurvédica,
Diretora do Shiva Studio de Yoga e Ayurveda, Presidente da International
Association of Yoga and Ayurveda.
www.shivastudio.org
www.ayurvedayogaom.org
www.sheilaquintaneiro.wix.com/buzios
tel:22 26234398
shivastudioyoga@gmail.com
(Artigo pulicado na Revista Prana em janeiro de 2013)
Nenhum comentário:
Postar um comentário